lanço a caneta ao papel
essa
fera a caçar as palavras
desde o céu da boca até
- onde eu for de ti capaz:
escovo os dentes é noite
arrependo-me de não te ter tido
mais cedo
e redobro-me só por curiosidade
a manhã
cheira a vento e a tempo começa
do zero outra vez a fera descansa
esta
é a verdade: tu lembras-me tu [do
pouso a caneta e na boca respiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário