quarta-feira

lanço a caneta ao papel

essa

fera a caçar as palavras

desde o céu da boca até

- onde eu for de ti capaz:

escovo os dentes é noite

arrependo-me de não te ter tido

mais cedo

e redobro-me só por curiosidade

a manhã

cheira a vento e a tempo começa

do zero outra vez a fera descansa

esta

é a verdade: tu lembras-me tu [do

pouso a caneta e na boca respiro.

Sem comentários:

Enviar um comentário