quarta-feira

a lembrança é transparente:

tu ajeitavas o cabelo solto

com um retoque no casaco

e nas tuas mãos [a cintura.

- espelho meu no espelho teu

haverá alguém mais como eu?

nunca] e ao saíres respondi que não.

depois, a rua iluminou-se sorridente

no silêncio incandescente que ficou.

o lembrar-te revive

e resiste, saudosista. [hoje, neste dia]

Sem comentários:

Enviar um comentário